domingo, 31 de março de 2013

Universidades: DCU e UCD

Já passamos pela Trinity e pela DIT, agora vamos falar da DCU, a universidade conhecida como uma das que mais recebe alunos de computação e eletrônica da Irlanda, e a UCD, uma das maiores universidades da Irlanda.

DCU

A DCU, diferentemente da DIT, já possui uma demanda de cursos mais baixa, contem apenas cursos de engenharia mecânica e eletrõnica para engenharia por exemplo e também é um pouco mais exigente que a DIT a respeito da proeficiência em inglês
Para computação, a estrutura dos cursos é um pouco menos abrangente que o da DIT, se você quiser algo relacionado a Ciências da Computação o curso Computer Applications não deixa nada a desejar, já para Engenharia de Computação uma opção viável talvez fosse o BEng em Eletrônica, mas ainda assim, o foco na computação não é muito grande para esse curso.

O mesmo ocorre para pesquisa, enquanto na DIT tem pesquisa para quase todos os cursos, a DCU possui para uma quantidade menor e para Engenharia de Computação/Eletrônica possui menos ainda, agora saindo um pouco do foco da computação, se você é da área de biológicas certamente se dará bem   em algum dos centros de pesquisa dessa universidade.

Quanto a acomodações e atividades extracurriculares, as acomodações não são tão variadas quanto as da DIT mas a maioria são também single bedrooms, mas sem suítes. De atividades extracurriculares, a DCU possui poucos esportes, em contrapartida, é uma universidade que promove bastante atividades para os estudantes que podem ser vistas no StudentsLife.

UCD

Como disse no início deste post, a UCD está entre uma das maiores (se não a maior) universidades irlandesas e está entre as melhores no ranking



Os cursos da UCD são bem diversificados e cada área possui uma quantidade grande de cursos. Química por exemplo possui quatro cursos, enquanto biológicas possui vários cursos também como genética, microbiologia, zoologia, farmacologia, etc, além do curso de medicina que é um pouco difícil de encontrar nas universidades européias. Para a minha área ela não é tão diferente do que a DIT, agora para pesquisa a diferença é grande, principalmente para aqueles que querem seguir uma carreira com Inteligência Artificial, existem diversos projetos que abordam o tema, é o foco da universidade para computação, tanto que possuem um grande número de publicações. A pesquisa dos outros cursos também é bastante intensificada, então recomendo fortemente olhar com atenção para verificar se tem o seu foco.

De atividades extracurriculares e acomodações, a quantidade de esportes, clubes e societies é tão grande quanto a TCD. A acomodação é bem organizada tendo todo um suporte por parte da universidade quando o aluno precisar e é dividida em vários tipos. A organização é tanta que eles contam com um FAQ e um grande número de regras para não restar dúvidas, como a política de visitantes para a acomodação.  

Para encerrar bem a UCD, fica aqui o canal da universidade com vídeos da acomodação, atividades e outras coisitas a mais para os curiosos ;)

Universidades: DIT

Olá pessoal, para encerrar as universidades de Dublin, irei falar de mais duas: a Dublin Institute of Technology (DIT) neste post. University College Dublin (UCD) e a  Dublin City University (DCU) nos próximos.

DIT



Localizada no centro de Dublin, a DIT está entre os melhores institutos de tecnologia do mundo e contém um grande número de cursos de diversas áreas, cada qual com seus requisitos. Para computação a DIT é uma opção bem viável por possuir módulos de várias áreas, contendo algumas partes de Inteligencia Artificial, de Hardware, Games e Sistemas de Informação, dando boas opções de escolhas de disciplinas para os mais diversos cursos da área (Engenharia de Computação, Ciências da Computação, Sistemas de Informação, etc).

As acomodações são muito diversificadas e são fora do campus,  em geral, as acomodações são single bedrooms podendo ser suíte ou não e os estudantes podem participar de diversas atividades dentre esportes, clubes e societies desde que o horário não der choque com as aulas. Atividades culturais também são permitidas e são bem diversificadas como um estudo de línguas. Em geral essas atividades são pagas mas cobra-se apenas uma pequena taxa para o ano todo bastante acessível.

Por fim, devo alertar que não se sabe ao certo que para graduação a DIT estará inclusa para o Ciências sem Fronteiras, mas se for, os requisitos são os poucos e eu recomendaria dar uma boa olhada nos grupos de pesquisa também que são divididos em muitas áreas do instituto, isso em geral é raro, normalmente apenas as áreas principais são contempladas como biologia, computação e algumas engenharias. Para fechar, o canal da DIT de engenharia, e da DIT campus life.

Universidades: Trinity College Dublin

Bom pessoal, já falei do programa Ciências sem Fronteiras, do TOEFL/ IELTS, uma vez que você obtém a pontuação necessária nesses exames e tem todos os documentos restantes, é só se inscrever e esperar, que aí vem uma das partes que considero bem difícil: a escolha das universidades.
Para clarear um pouco a cabeça de vocês, nos próximos posts eu vou falar sobre as universidades que eu tenho pesquisado e o que me chamou atenção... Neste caso começarei falando das universidades localizadas em Dublin e mais especificamente para este post, a Trinity College Dublin (TCD).

Trinity College Dublin



A TCD foi fundada em 1592 e é uma das sete universidades mais antigas da Irlanda e da Grã-Bretanha, foi criada nos mesmos parâmetros que as universidades de Oxford e Cambridge e está dentre as melhores universidades do mundo.

Trinity tem uma boa diversidade de cursos e cada um com seus próprios requisitos, para estudantes do CsF eles basicamente giram em torno de um IELTS 6.5 e um TOEFL iBT de 90 pontos, além da exigência de um personal statement (falarei nos próximos posts também) e do seu histórico na faculdade brasileira para avaliar a compatibilidade dos módulos da universidade com os módulos da TCD.
Algo que a Trinity se destaca é a qualidade e a quantidade de suas atividades de pesquisa, para computação por exemplo, existem pesquisas relacionadas a inteligencia artificial, neurosciencia, sistemas de informação, engenharia de software, estatística e eletrônica. Então se sua área é de pesquisa opção não faltará e para quem está tentando CsF é um fato importante a considerar uma vez que a parte final da bolsa se possível, deve ser utilizada para estágios.
Outro aspecto importante na hora de avaliar uma universidade é a qualidade da acomodação, que em geral para estudantes está localizada no Trinity Hall  e pode ser de dois tipos: modern rooms e standard rooms. O primeiro consiste em single rooms ou shared twin bedded ensuite rooms e ficam em um flat dividido para seis pessoas. O segundo constitui-se de single bedrooms e é localizado em um flat com 68 quartos. 

Então gente essas são umas informações importantes sobre a TCD, se você estiver participando do programa ciências sem fronteiras, eles tem uma página própria que pode ser acessada aqui  assim como um canal de vídeos com as principais atividades da universidade que podem ser encontrados aqui 



domingo, 24 de março de 2013

TOEFL/IELTS

Então gente, como disse anteriormente, alguns países exigem uma proeficiencia em língua estrangeira, como só conheço os exames para o inglês, serão o foco deste post.
O CsF aceita dois exames: O TOEFL e o IELTS, as vezes para alguns países aceita o TOEIC ou o CAE. Dentre esses, eu fiz os dois primeiros.
O TOEFL e o IELTS são bem semelhantes, então a escolha entre um e outro varia muito de uma pessoa para outra, falarei um pouco dos dois e da minha preferência mas decididamente não será a de todos. Fiz o TOEFL em agosto de 2012 em Natal (Rio Grande do Norte) e o IELTS em março de 2013, a primeira coisa que digo é: marque com MUITA antecedência o teste, devido ao CsF as vagas vão embora rapidinho. Eu mesma estava de olho há uns 3~4 meses antes da prova, mas estava esperando abrir o edital... quando abriu no mesmo dia já tinham lotado alguns dias! (sem exageros), por isso, assim que decidir fazer o exame, olhe logo as datas e marque com um mês de antecedência mais ou menos, até porque em muitos casos não tem na sua própria cidade, então é bom ver antes para verificar qual cidade é mais próxima, custos, etc.
Mas então, que exame escolher? As diferenças são bem poucas.
O TOEFL é dividido em vários tipos, tem o paper based, o iTP e o iBT. Eu fiz o iBT que é feito todo de frente para um computador em uma sala com todos os outros que estavam fazendo o exame. Isso é uma parte meio chata do TOEFL, porque ocasionalmente pode ter gente no speaking, o que te atrapalha um pouco. No meu caso, eu estava concluindo o listening quando já tinham candidatos falando no speaking e era mais dificil me concentrar apenas no meu listening.
 Falando um pouco sobre a prova... Ela dura 4 horas em média, na ordem reading, listening, speaking e writing. O reading é uma interpretação de 3 textos (podendo ter um quarto adicional) que dura entre 60~80 minutos, esta etapa não muda muito para as interpretações de texto em português. O listening dura 60~90 minutos e é todo, em geral, com inglês americano (o TOEFL é um exame norte-americano), por isso, aqueles que tem mais costume com o inglês americano em geral optam por ele. O speaking é pelo microfone e é dividido em três partes, cada uma delas com duas perguntas. A primeira parte dura 2 minutos e são feitas duas perguntas bem gerais, para cada pergunta você terá 15 segundos para pensar e 45 segundos para responder. A segunda parte é constituída de um diálogo reproduzido pelo headphone onde uma pessoa falará sobre algum tópico específico e em seguida você deverá falar sobre o que foi abordado por esta pessoa. Você terá 30 segundos para pensar no que falar e 60 segundos para responder. A última parte é constituída de um diálogo também reproduzido no headphone que você escutará mas que deverá além de falar sobre o tópico, falar sobre o que você faria nesta situação. Para esta etapa você terá também 30 segundos para pensar no que falar e 60 segundos para responder. Para encerrar a maratona, vem a última parte do teste que é o writing, que divide-se em duas partes. A primeira é uma redação pequena de 250 tópicos sobre algum diálogo que será reproduzido (semelhante ao speaking), nesta redação você deve apenas falar sobre os tópicos que vocẽ ouviu, nada sobre dar opinião sobre ele A segunda parte é maior, são certa de 350 palavras no mínimo (recomenda-se passar um pouco disso) e é uma pergunta pessoal sobre um tópico qualquer.
Eu particularmente achei o TOEFL complexo, por conta desses listenings presentes no speaking e no writing e recebi a oportunidade de fazer um IELTS. Este último segue a mesma estrutura, mas dura bem menos tempo, são 2:40hrs mais ou menos e muitas vezes a prova pode ser realizada em dois turnos. No meu caso o speaking foi pela manhã e o resto da prova a tarde.
Começando pelo speaking... Apesar de ter a barreira de ser frente a frente com um entrevistador e não com um entrevistador, ele é menos complexo, o que torna as coisas meio equilibradas. No IELTS o exame é dividido em três partes mas todas são perguntas gerais sobre um tópico cotidiano, além de um tempo mais longo par apensar e falar (1 minuto para pensar e 2 minutos para falar na parte dois, as outras partes não tem tempo mínimo). O listening é semelhante ao do TOEFL, com a desvantagem de ter questões abertas, o que obriga o candidato a estar sempre atento a prova caso contŕario não dará para chutar e é feito não apenas com o inglês britânico, mas também com outros sotaques, como o Australiano. O reading segue o mesmo raciocínio, é semelhante mas com questões abertas e o writing não tem nenhuma conversação para ser escutada, tendo apenas uma redação de 150 para descrever um gráfico, e outra de 250 palavras sobre uma pergunta pessoal.
Comparando os dois, eu particularmente me senti mais a vontade com o IELTS, o fato de ter listenings também no speaking e no writing aumentam um pouco a dificuldade destas etapas se consideradas com a do IELTS, além disso, o microfone muitas vezes é fácil de dar problemas e não dá para confiar tanto nisso. Entretanto, como disse antes, a escolha depende de pessoa para pessoa. Para decidir leia com muita atenção sobre e pesquise a nota mínima das instituições também que quer ir pois em casa país isso altera um pouco. Irlanda e Reino Unido mesmo tem universidades que exigem notas bem superiores pro TOEFL do que pro IELTS, isso ocorre porque o IELTS é o teste britânico e nada mais natural do que exigir ele. Sendo assim, na hora de escolher o exame, olhe com atenção as notas exigidas para o país que deseja ir.
Por fim, quanto a preparação pro exame, eu diria que duas semanas estudando todo dia dá para absorver muita coisa, de duas semanas para um mês é mais que suficiente. Existem diversos materiais pela internet dos dois exames, para o TOEFL uma boa é o longman o livro além de ser bem fiel a prova tem um CD com simulados bem como na prova, para treinar o speaking uma boa saída é o site notefull, que conta com umas dicas bem legais sobre o exame. Para o IELTS, uma das melhores opções é a série da própria Cambridge, que conta com 8 livros atualmente (caminhando para o 9 se já não tiver), esses livros contém provas anteriores do IELTS e seguem um mesmo padrão, assim, estudando por eles estará mais que bem preparado para o exame.
Enfim, seja IELTS seja TOEFL, material que não falta pela Internet, é só estudar um pouquinho para estes materiais com antecedência, não ficar muito nervoso na prova e permanecer calmo para caso tenha alguns problemas técnicos (no meu TOEFL, o microfone não queria pegar de jeito nenhum). Fazendo isso, é torcer para uma boa prova e seguir as outras etapas até o aceite final :-)


... From the beginning

Entãão meu povo, estou na jornada estressante do Ciências Sem Fronteiras (CsF), um programa do governo brasileiro que promove intercâmbio para muitos países do exterior. Este programa é muito grande e tem uma boa quantidade de bolsas para graduação e pós-graduação, assim, decidi começar este blog falando um pouco desde a jornada de inscrição no programa que começa primeiramente, com a escolha do país destino.
Olha, ultimante o programa está com um número enorme de países, então escolher um país não é uma tarefa nada fácil, é necessário uma boa olhada em vários critérios e escolher quais deles são mais importantes para você. No meu caso, primeiramente optei por um país que pedisse proeficiência em língua inglesa (única proeficiencia que tenho), a preferência era a qualidade do meu curso (Engenharia de Computação) no país e a estrutura do mesmo (varia de país para país), assim como se tinha o foco na área do curso que planejo seguir futuramente, após isso, busquei informações sobre custo de vida, atividades gerais que ocorrem no país/cidade destino, a qualidade da acomodação da universidade que ficaria (caso fosse ficar em uma), e claro, a língua que aprenderia lá.
Dessa forma, iniciei a busca pelo Canadá, gostei bastante e tem universidades muito boas, mas em termos de universidades que tivessem mais o foco que eu queria (robótica e sistemas embarcados), a Holanda tinha me agradado mais, particularmente pelas universidades Fontys, HvA e Windesheim, para quem faz ciências da computação, uma opção muito boa também era a TU/e. Um tempo depois abriram chamadas para o Reino Unido, Suécia e Irlanda. Essas três dificultaram ainda mais a escolha, infelizmente, Suécia só aceitava alunos com 60% ou mais de curso no momento de partida, e eu estou chegando ainda na metade do meu curso então não poderia me inscrever, Reino Unido também tem universidades enorme de universidades muito boas, no meu caso, uma que chamou muito a atenção foi a University of Surrey, pela boa base de eletrônica no curso de computação, porém, os cursos lá duram em média três anos, o que em muitas vezes torna a grade curricular um tanto resumida, o que me levou ao último destino (até aparecer outro país na próxima chamada e complicar tudo de novo), a Irlanda.
Os cursos da Irlanda tem uma média de 4~5 anos e quase todos possuem uma base ótima em eletrônica, ainda que com uma boa base de software (isso eu senti falta em algumas universidades dos outros países também, exceto Canadá), além de áreas de pesquisa também bem específicas para o que planejo me especializar. Algumas pupilas são a Trinity College, NUI Galway, NUI Maynooth, CIT e WIT. Uma busca completa das universidades participantes pode ser encontrada aqui.
Dessa forma, quanto as universidades a Irlanda estava ganhando loucamente de todos os outros países em muitos aspectos, o que foi crucial para mim, além de um amor que já tinha pelo país, cultura, atividades, tudo, então go Ireland, sem dúvidas algumas.
Assim, ok, consegui escolher o país, uffa! (primeiro uffa de muitos, aviso logo), agora era iniciar a inscrição no programa de fato, que é dividido nas seguintes partes:
  •  Inscrição no portal do CsF;
  •  Inscrição na IES;
  • Homologação da IES;
  • Inscrição no parceiro do país destino;
  • Homologação do programa;
  • Resultado final.
Para inscrição no portal, você precisa ter apenas o histórico escolar da sua universidade e comprovante de proeficiência (se necessário). Caso tenha Iniciação Científica ou premiações, também devem ser postas no formulário para caso de desempate de vagas (mas apenas para caso se tenha mais candidatos que vagas, o que nem sempre acontece).
A inscrição na IES depende muito de cada uma, algumas para homologar só exigem alguns documentos (muitas vezes os mesmos do CsF), outras exigem critérios específicos (como um mínimo de CR/IRA ou um máximo de reprovações). Para a minha universidade (UFPB), era necessário ter todos os documentos e exigências da chamada interna.
Dentre essas etapas e as seguintes, algo importante na maioria dos casos é o envio do comprovante de proeficiencia da língua, no meu caso de língua inglesa fazemos o IELTS/TOEFL que falarei posteriormente deles, esse comprovante fica aberto até um bom tempo após o término das inscrições e a princípio não é exigido um comprovante original (enviado pelos correios), mas em etapas posteriores do programa em muitos casos o original é exigido, por isso recomenda-se que a prova de proeficiência seja feita com uma certa antecedência.    
Estas etapas parecem mínimas, mas juro como estão sendo um dos meses mais angustiantes para mim! Tem muita coisa para ser considerada em cada escolha mínima dessas e este blog terá um pedacinho especial para cada uma delas nas próximas edições, e assim vamos seguindo até um aceite final.