Chegamos em Zurich no dia seguinte com o sol amanhecendo, para os leigos (incluindo eu há meses atrás), Zurich é uma cidade no nordeste da Suiça, na parte alemã do país e é a maior e mais populosa cidade. Mas cuidado, não pense logo que ela é enorme e lotada de gente, tipo uma São Paulo da vida. De fato uma boa parte da cidade pode ser feita a pé inclusive ou como falarei daqui a pouco, de bike.
Mais uma vez dei sorte, o hostel ficava bem no centro e não era um loft (yay!), há poucos minutos da estação em uma rua perpendicular ao rio ficava o hostel Biber (sim, Biber) e era bem organizadinho, não tem elevador mas o moço da recepção era super tranquilo, tinha wifi na sala que também tinha sofá, computadores, máquina de café e uns joguinhos, bem aconchegando eu diria. Mas a diferença desse hostel era que cada andar tinha um banheiro e uma cozinha. O banheiro era organizadinho com algo que chamarei aqui de 'cabine' individual, em que cada cabine quando fechada tinha o box com o chuveiro mas também um espacinho do lado que dava para colocar as coisas e trocar de roupa tranquilo. A cozinha era como se sentir em casa, tinha armário e geladeira, fogão, microondas, panelas e pratos, então dava para tranquilamente comprar as coisas e comer lá e, como era muito perto de tudo, não tinha problema voltar comer e depois continuar o passeio. Os quartos também eram legais, fechamos um quarto só para nós, as camas eram confortáveis, os cobertores também, cada lado de cama tinha tomada, no quarto também tinha armário para guardar as coisas (mas novamente apenas coisas de valor, as malas se quisesse teria que descer e deixar na recepção) e também tinha espelho e uma pia no quarto.
Esse foi um dos hostels que mais gostei particularmente e recomendo, até porque é um dos 'menos caros' de Zurich, porque sim, quando falam que Suiça é um dos destinos mais caros, não é brincadeira, realmente é. Foram 90CHF (francos suiços) para 3 dias em Zurich e comer fora realmente é caro, mas claro, como tinhamos uma cozinha nada melhor que ir no mercado e comprar as coisas para comer.
Agora falando da cidade, quem pensa que Suiça é um mau negócio no inverno, que vai congelar de frio e não vai querer sair de casa, estou aqui para dizer que foi o destino mais quente da viagem inteira! Minha gente, tava fazendo nada mais nada menos que 14 graus em um dia altamente ensolarado e sem vento nenhum, isso para Europa é praticamente um verão! Sai animadamente com uma blusa de manga e levei o casaco por precaução apenas, o hostel era realmente pertinho de forma que saindo dele já nos deparávamos de cara com o lago e a vista dele
E seguindo, veio a primeira coisa que de fato tinha esquecido daqui: as águas da cidade são extremamente limpas, existem se não estou enganada mais de 2000 fontes espalhadas pela cidade, algumas com estátuas em cima, outras mais como torneiras, existem fontes dos mais variados tipos. Olhei a primeira vez e apenas achei bonito, demorei a me lembrar que tinha visto que de fato dá para tomar e ser potável, até que em uma das fontes tinha algo que me fez lembrar e desde então estavamos todos andando com garrafinhas e não só era legal não pagar por água de qualidade como também queira ou não era super gostoso pegar água da fonte. Eis uma das fontes.
Mas quem disse que só a água nas fontes é limpa? Atravessamos a rua e vimos o rio, a água é transparente total, nunca vi um rio tão limpo, e tinha cisne nela (ou outra ave parecida).
O passeio por esse lago e toda a paisagem que não tem nada demais mas que de alguma forma é super relaxante já te toma uma boa parte do dia, passa por catedrais, diques, igrejas, bastante coisa. Indo até o fim tem um dique final que fica de frente para uma paisagem dos alpes, além do dique também tem cadeirinhas e bancos para quem gosta de admirar a paisagem. Parar lá e ver o pôr do sol é uma paz de espirito sem tamanho, impossível de se descrever mas que pode ser sempre representada por fotos (ou tentar)
Nessa caminhada de paz acreditem ou não mas se foi um dia inteiro! Quando parei para prestar atenção já era a noite e quem disse que queria sair de lá? Todos foram embora, foram no mercado e eu continuei lá parada hiptotizada até umas 8horas, quando criei vergonha (le-se a fome bateu) e voltei para casa me sentindo outra pessoa, leve como nunca na vida.
O caminho a noite também é algo lindo de se fazer, particularmente no inicio, a iluminação da cidade também tem um charme.
Jantamos e ficamos pelo hostel mesmo para descansar, no dia seguinte fomos na universidade, que tem vários blocos e a central dela, onde fica os restaurantes, é em uma parte superior da cidade, ou seja, vista magnifica! Eu morreria se estudasse em um lugar que pudesse ter uma vista dessa gente, sério, os estudantes todos ficam do lado de fora da universidade sentados em vários lugares tomando sol e conversando, é uma coisa maravilhosa. A foto de baixo mostra a universidade
E ai você vai descendo e vendo os outros prédios e mais elementos da paisagem, esse é um dos prédios da universidade na descida.
E ai nós descemos e fomos fazer o que? Fomos no lago novamente, claro! Lá fomos andando até o lago felizes nesse dia gostoso e ensolarado, mas dessa vez pegamos um caminho diferente no final que dava em um parque por onde se passava pela ópera, prefeitura e outros prédios assim até um jardim chinês que era o ponto alto do parque mas que ops, não funciona em dezembro então apenas ficamos do lado de fora dele, mas foi interessante que logo depois do parque acaba em outro deque e uma região maior que também fica muito boa para papear por um tempinho.
No dia seguinte era o nosso último dia antes de seguir viagem e como a temperatura estava boa, decidimos pegar bicicleta! Isso é um ponto legal, perto da estação principal é possível alugar bicicleta o dia todo (até umas 11 da noite) e DE GRAÇA. É apenas ir lá deixar um documento de identificação e fazer um depósito que no fim do dia recebe de volta. Aproveitamos e andamos pelo lado oposto da cidade que também é rodeado pelo lago, a paisagem é semelhante e tem alguns pontos que valem dar uma parada. Demos a volta e fomos para o point de sempre mas novamente pegando outro caminho, que era basicamente outro parque legal. Entregamos as bicicletas a noite e seguimos rumo para Interlaken. 3 dias em Zurich é perfeito, não é uma cidade para ver as coisas correndo e sim aquela para você parar e respirar tudo aquilo ali, mas também não tem tantos pontos turisticos então mais que isso se a sua intenção é turismo básico não precisa, mas se claro se apaixonar como eu e que quiser passar uns bons dias lá, recomendo!
0 comentários:
Postar um comentário